Supple aponta que o que acontece é que observamos uma vida reduzida a correntes só para o turista poder tocar, ao contar que não consegue tirar da sua mente o crocodilo dentro de uma jaula de betão, com uma cauda que não chegou a desenvolver, completamente deformada (devido ao espaço minúsculo onde se encontrava) , imagem que encontrou durante uma visita a um dos locais com uma oferta turística relacionada com animais
Mas os cenários de exploração ainda se agravam mais em locais que oferecem viagens de elefantes, possibilidade de alimentar tigres e vê-los a fazer truques, onde os animais são usados e desprovidos de qualquer dignidade e respeito, em que sobrevivem sobre condições barbáricas e completamente contra o seu ciclo natural.
O verdadeiro custo da indústria do turismo selvagem não se reflete no preço do bilhete da fotografia com o macaco que, não sabendo nós, está sobre substâncias que o fazem dormir. Reflete-se sobre as limitações quotidianas de espécies que, em vez de protegermos (sim, porque muitos dos animais são obtidos através do tráfico de espécies em vias de extinção) submetemos a puro sofrimento e a uma vida dedicada à satisfação humana.
Apesar de ser uma realidade que não é tão presente na Europa Ocidental, sendo que predomina sobretudo nos países asiáticos, não deixa de ser uma um quadro que se vai agravando. Mesmo não estando expostos visualmente, não significa que não contribuímos para o problema ? por isso mesmo, já vemos organizações que mostram uma preocupação em relação a este flagelo ? se pesquisares no Instagram , por exemplo, #tigerselfie ou #koalaselfie, obténs um aviso que estás a pesquisar uma hastag que pode estar associada a comportamentos nocisos para os anumais ou para o ambiente
A culpa não está apenas sobre quem faz esta exploração, isto porque, estas imagens cruéis resultam da nossa procura por este tipo de serviços. Enquanto nós decidirmos embarcar neste género de experiência, as mesmas vão continuar a ser oferecidas. Portanto, está na hora de cada um de nós se responsabilizar por aquilo que pagamos.
Go green or go home.
Podes ver mais do trabalho do Lois no seu website pessoal ?https://www.louissupple.com/life-in-chains?ongoing.html
Raquel Fernandes